segunda-feira, 6 de setembro de 2010

os olhos do metrô

                                                       os olhos do metrô
avisam que a vida segue
e que nada há de frear
a ordem inevitável de viver

os olhos do metrô.
debaixo dos bancos,
nas bolsas das senhoras,
nas escadas.

é noite
e a cidade já não dorme
porque já não há mais noite,
apenas dois faróis
a preencher de luz o mal do mundo.
ordenando os homens.
catequizando-os por dentro.
numa única e indizível felicidade.

pois no princípio o homem quis a luz,
e, para o homem, a luz foi feita.

cara de fernando diegues
palavra de victor valente

Um comentário:

  1. Inspiro presente, expiro me despedindo do passado...

    Namastê

    Parabéns pelo ótimo trabalho.

    Rogério Mello.

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